Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Transformações de Galileu

De facto, quando viajamos de carro reparamos que apenas nas travagens, arranques ou curvas, sentimos exercer sobre nós forças mais ou menos intensas consoante as travagens, o arranque ou as curvas forem feitas de modo mais ou menos brusco. Em cada uma destas situações houve sempre uma alteração de velocidade quer em módulo ou direcção, ou em ambos. Fora destas situações, se a velocidade do carro permanecer constante e conseguirmos eliminar todas as vibrações do carro, não conseguiríamos distinguir se estávamos em movimento ou parados.
O princípio da relatividade de Galileu, está muito ligado ao movimento dos planetas. Como não sentimos a Terra em movimento, ela não se pode mover. Por outro lado se a Terra se movesse, a Lua ficaria para trás. Galileu vem contrariar esta ideia.
O raciocínio do princípio da relatividade de Galileu, encontra-se extremamente bem explicado nos Diálogos (2ª jornada).
«(...)
Colocai ainda outro recipiente a uma certa altura, de onde cai água, gota a gota, dentro de uma garrafa de gargalo estreito posta no chão. Enquanto o navio se encontra imóvel observai atentamente como os insectos voam em todas as direcções com a mesma velocidade, dentro do beliche.
(...)
Depois de terdes observado todos estes fenómenos, ponde o navio em movimento com a velocidade que quiserdes. Então (posto que o movimento seja uniforme e que o navio não oscile em nenhuma direcção) não notareis a mínima mudança em tudo quanto acaba de ser descrito: nenhum destes fenómenos, nem que seja o que for que vos venha a acontecer, vos permitirá de vos assegurardes se o navio avança ou se continua imóvel.

Sem comentários:

Enviar um comentário