Johanes Kepler, considerado o fundador da Astronomia moderna, nasceu a 27 de Setembro de 1571, na cidade de Weil der Stadt, no Sul da Alemanha, filho de Katharina e Heinrich Kepler. As poucas condições financeiras da sua família levaram-no a ter que iniciar os seus estudos num seminário. E, 1589 entra na universidade de Tübingen onde aprende grego, hebreu, Astronomia, Física e Matemática. Antes de completar os seus estudos, foi convidado para ensinar Matemática no seminário protestante de Graz, na Áustria, onde leccionou durante sete anos. Kepler era protestante e nunca se converteu ao catolicismo.
No início de 1597 publica o seu primeiro livro, Mistérios do Universo, no qual defende que a medida de cada órbita planetária é estabelecida por um poliedro circunscrito na órbita anterior, ou seja, propõe um modelo matemático que permitia prever as medidas relativas das órbitas. Kepler enviou um exemplar a Tycho Brahe, um reputado astrónomo dinamarquês, que afirmou que lhe respondeu assionalando um conjunto de diferenças significativas entre as previsões de Kepler para medir as órbitas planetárias e as medidas por si alcançadas.
Kepler decide ir ao encontro de Tycho Brahe, entretanto contratado pelo Imperador Rudolph II de Praga, e torna-se seu assistente. No entanto, Kepler e Brahe não se deram bem. Tycho Brahe não confiava em Kepler pelo que lhe facultou apenas parte dos dados das suas observações. Além disso, encarrega Kepler de uma tarefa particularmenteproblemática: interpretar a órbita do planeta Marte.
Em Outubro de 1601, morre Tycho Brahe e Kepler sucede-lhe como matemático da corte. Com esta sucessão teve acesso a dados de Tycho Brahe que lhe permitiram, ao fim de muitas experiências, compreender que as órbitas dos planetas não eram círculos mas sim elipses.
A descoberta de Kepler, associada aos dados experimentais deixados por Tycho Brahe, permitiram a Kepler determinar experimentalmente as leis dos movimentos dos planetas e conquistar um lugar de destaque no desenvolvimento da Astronomia. As leis de Kepler constituem o fundamento para a compreensão do sistema solar e serviram a Isaac Newton para estabelecer a Lei da Gravitação Universal.
Entre 1617 e 1621, Kepler publicou os sete volumes do Compêndio da Astronomia Coperniciana, obra que se tornou a introdução mais importante à astronomia heliocêntrica. O primeiro volume deste compêndio foi um dos livros proibidos pela Igreja Católica incapaz de aceitar que os novos dados científicos viessem por em causa o princípio bíblico de que "Deus colocou a Terra em suas fundações para que nunca se mova".
Durante a Guerra dos Trinta Anos, a Contra-Reforma Católica aumentou a pressão sobre os protestantes na Alta Áustria. Nem o facto de Kepler ser oficial da corte fez com que estivesse isento do decreto que bania todos os protestantes da província. Durante uma rebelião, a oficina onde Kepler estava a imprimir as Tabelas Rudolfinas foi queimada. Kepler e sua família deixaram a Austria em 1626. A sua família ficou em Regensburg e Kepler dirigiu-se a Ulm, onde imprimiu as Tabelas Rudolfinas, publicadas em 1627.
Morreu em 15 de Novembro de 1630, em Regensburg.
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